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domingo, 2 de maio de 2010

Ingresso de alunos da rede pública na UFRN aumenta 6,5%


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Na disputa por uma vaga na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a disparidade entre os alunos da rede pública e privada é notada ano após ano. As condições de ensino na rede gratuita de educação seguem  insatisfatórias e, com isso, o aproveitamento dos alunos nos exames de seleção para as universidades continua abaixo do ideal. Contudo, após adequações no vestibular da UFRN, onde são oferecidas vantagens aos estudantes oriundos das escolas públicas, houve um aumento de 6,5%, em 2010, no número de estudantes oriundos das escolas estaduais e municipais.  Segundo a Comperve, o argumento de inclusão e a isenção nas taxas de matrícula foram os responsáveis pelo aumento.

A fórmula do vestibular há anos vem sendo debatida pela comunidade acadêmica e diversas alternativas são estudadas para que as universidades recebam cada vez mais estudantes  oriundos da rede pública. Na UFRN, desde 2006 é utilizado o argumento de inclusão aos candidatos que cursaram o ensino médio nas escolas públicas. No primeiro ano, apenas 31 alunos foram beneficiados e conseguiram vagas na UFRN através desse instrumento. Já em 2010, com o acréscimo de 10% no valor total do argumento dos estudantes que conseguirem argumento médio acima de 450, o número  para beneficiados passou para 765. O argumento de inclusão, somado ao aumento no número de isenções na inscrição do vestibular, foram fatores que contribuíram para que 2.687 dos  alunos matriculados na UFRN em 2010 sejam da rede pública de educação. O número corresponde a 42,5% do total de estudantes, contra 35,7% que conseguiram a aprovação em 2009.  “O argumento de inclusão é uma das ações da política da UFRN para identificar os bons alunos da rede pública e dar uma melhor condição de concorrer bem, já que as condições de ensino, infelizmente, são bem diferentes da rede privada”, explicou a presidente da Comissão Permanente de Vestibular da UFRN (Comperve), Betânia Ramalho.

 Além das ações para que o estudante da escola pública ingresse na universidade, Betânia Ramalho também exalta as atividades que contribuem para o nivelamento dos alunos. Ela entende que é necessária essa atuação para manter o bom aproveitamento dos estudantes dentro das salas de aula da universidade. “É preciso esse nivelamento também, a assistência geral, e não apenas ajudar para o ingresso na universidade”, explica.

A coordenadora de projetos do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), Cláudia Santa Rosa, acredita que o acréscimo nas notas dos estudantes da rede pública no vestibular é, atualmente, a forma possível para se diminuir a diferença de condições com candidatos oriundos da rede privada. “O formato do vestibular atende à questão de selecionar. Como não há vagas para todos e as condições não são iguais, (o argumento de inclusão) é uma forma viável de diminuir a desvantagem”, acredita.

De acordo com dados da Comperve divulgados durante o Seminário de Avaliação do Vestibular de 2010, que ocorreu na terça-feira (28), a única escola pública que figura entre as 40 melhores no aproveitamento das questões objetivas e discursivas é o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN). “Fica difícil haver um pé de igualdade quando falta o básico nas escolas públicas, que é o professor, em disciplinas básicas. “Esse problema e tantos têm cintribuido para que a gente amargue esses resultados tão desagradáveis”, disse Cláudia Santa Rosa.  

Fonte: Tribuna do Norte

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