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domingo, 2 de maio de 2010

Entrevista - Reitor Ivonildo Rego: “Expansão é quantitativa e qualitativa”

Um dos palestrantes da próxima edição do projeto Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, uma realização da TRIBUNA DO NORTE, Fiern, Fecomércio/RN e RG Salamanca Investimentos, com patrocínio do Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal e UnP, que será realizada no próximo dia 17, no auditório Albano Franco, na Casa da Indústria, a partir das 8h, será o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ivonildo Rêgo. Um dos mais experientes especialistas em educação superior do Estado, ele abordará a importância da instituição para o desenvolvimento do Estado.  Nesta entrevista ele fala sobre os projetos estratégicos que a universidade vem colocando em andamento, as parcerias com a iniciativa privada, e o processo de expansão e ampliação pelo qual a instituição vem passando ao longo dos últimos quinze anos.  



A UFRN está passando por um processo de ampliação e reestruturação inserido dentro do Reuni. Qual a importância desse programa para a universidade hoje? 

A UFRN está passando por um amplo processo de expansão – talvez o mais significativo de sua história. Na verdade, desde a nossa primeira gestão, em 1995, que nós começamos esse processo, mas ele se acentuou e está em um momento muito especial agora, nesta terceira gestão. E os números ilustram essa realidade [veja box]. Essa expansão mais significativa começou, em 2007, com o Reuni – que é um programa do Governo Federal que está dentro do Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação, que foi lançado no início do segundo governo Lula e visa a expansão e reestruturação das universidades federais. No caso da UFRN nós apresentamos um projeto que está levando os 30 mil alunos (que a universidade tinha em 2007) para chegar a 45 mil alunos até 2014. Nós criamos 23 novos cursos na graduação e aumentamos a oferta de vagas no vestibular nos últimos dois anos em 2.600 vagas. EsteUm dos palestrantes da próxima edição do projeto Motores do Desenvolvimento do Rio Grande do Norte, uma realização da TRIBUNA DO NORTE, Fiern, Fecomércio/RN e RG Salamanca Investimentos, com patrocínio do Governo do Estado, Assembleia Legislativa, Câmara Municipal e UnP, que será realizada no próximo dia 17, no auditório Albano Franco, na Casa da Indústria, a partir das 8h, será o reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ivonildo Rêgo. Um dos mais experientes especialistas em educação superior do Estado, ele abordará a importância da instituição para o desenvolvimento do Estado.  Nesta entrevista ele fala sobre os projetos estratégicos que a universidade vem colocando em andamento, as parcerias com a iniciativa privada, e o processo de expansão e ampliação pelo qual a instituição vem passando ao longo dos últimos quinze anos.   é um número importante porque se observarmos, em 1995 toda a universidade oferecia 1.900 vagas. 


Com relação ao processo formativo dos alunos, o Reuni trouxe alguma mudança?

Com o Reuni nós expandimos as vagas no vestibular, mas fizemos isso aliado a uma reestruturação dos modelos de formação. Os projetos pedagógicos dos cursos estão sendo reestruturados, mas também outros modelos de formação estão sendo experimentados. Um exemplo bem emblemático é o bacharelado em ciência e tecnologia. Esse bacharelado é uma experiência que está conduzindo a universidade para se inserir nos modelos de formação do ensino superior que estão sendo praticados nos Estados Unidos e Europa. Esse modelo tem um ciclo de formação mais curto. Ele faz o bacharelado em três anos e se desejar, depois desse período, ele faz mais dois anos em uma das 14 engenharias que a universidade tem, ou pode fazer física, matemática, química, ciências da computação, geologia... Ou ele pode simplesmente ir para o mercado de trabalho. O curso também adota flexibilidade no itinerário de formação do aluno – dos seis semestres desse curso, três ele tem possibilidade de fazer de livre escolha.  Outra vantagem é que o aluno não tem que fazer sua escolha precoce. Este ano, esse curso ofereceu 1.160 vagas. Certamente daqui a alguns anos esse modelo vai se estender para todas as áreas da universidade neste mesmo esquema 3 + 2. Hoje pelo menos 15 universidades federais já estão adotando esse modelo. 


A expansão – tanto no número de vagas quanto nos cursos de graduação e pós-graduação é uma realidade. Mas a universidade tem a preocupação de garantir a qualidade do ensino? Que medidas têm sido tomadas para não fazer com que o nível caia? 

Este foi um projeto muito bem planejado e que garante não só a ampliação no número de vagas, mas a contratação de docentes e a ampliação da infraestrutura da universidade. Para esse processo de expansão foram abertas 400 vagas para docentes, 450 servidores técnicos  e os investimentos em obras e equipamentos já são da ordem de R$ 110 milhões, que serão empregados até 2011. Estamos conseguindo mostrar que é possível garantir uma expansão quantitativa aliada a uma expansão qualitativa. Todas as avaliações feitas pelo Ministério da Educação e outras instituições que avaliam o ensino superior, mostram que a UFRN vem  em um processo crescente de melhoria de qualidade. Ao ponto em que na avaliação do MEC do ano passado nós fomos avaliadas como a segunda melhor instituição do Norte-Nordeste. 


Quais são as bases desse crescimento?

Nós investimos fortemente na qualificação do quadro docente – saímos de 240 professores com doutorado para 1.200. Também investimos na atividade de pós-graduação, o que significa em investir em pesquisa. Tanto é que hoje nós somos referência nacional em algumas áreas, como petróleo e gás e na área de engenharia e ciência de materiais. Em 1995, quando eu assumi a reitoria pela primeira vez, nosso grande foco era crescer a pós-graduação e a atividade de pesquisa. O que estamos colhendo hoje foi um fruto plantado há 15 anos. Neste momento nós estamos conduzindo uma série de projetos estratégicos que vão garantir à UFRN se manter em um processo de crescimento de qualidade e permitir uma maior inclusão da universidade no processo de desenvolvimento do Estado. Nós estamos bastante presentes nesse  processo, mas acredito que podemos fazer mais ainda. 


Quais são esses projetos estratégicos que a UFRN vem desenvolvendo? 

Nós temos quatro grandes projetos estratégicos sendo desenvolvidos: o projeto Metrópole Digital, o Instituto de Neurociências, as parcerias com a Petrobras e o Instituto Internacional de Física. 


Fale um pouco sobre cada um deles.

O Metrópole Digital é um projeto que vai permitir criar no Estado um grande polo de inovação na área de tecnologia de informação, com um investimento da ordem de R$ 42 milhões. O projeto já está em andamento – nós selecionamos 1.200 alunos de 14 a 18 anos da rede pública que durante um ano farão cursos na área de informática e inglês e já estão recebendo uma bolsa para isso. Esses alunos da educação básica poderão ingressar posteriormente na graduação na própria UFRN. Dentro do prédio do Metrópole Digital teremos alunos da educação básica, alunos da graduação, da pós-graduação (mestrado e doutorado), empresas na área de informática e uma encubadora de empresas que possibilitará que os produtos desenvolvidos pelos estudantes possam ser colocados no mercado. O projeto vai formar recursos humanos para toda a cadeia produtiva na área de informática e isso vai gerar um polo industrial no nessa área no Estado. Trata-se de um grande projeto de interesse institucional e estratégico. A licitação será lançada nos próximos dias. Além deste, há também o Instituto Internacional de Neurociências de Natal, que foi criado fora da universidade mas que se estabeleceu uma parceria e a UFRN hoje é o grande parceiro do IINN. Nós estamos investindo recursos da ordem de R$ 42 milhões, repassados pelo MEC, e contratando 25 professores e 60 servidores técnicos-administrativos. É um projeto amplo de estímulo à pesquisa científica que trará avanços significativos para o Estado. O trabalho que vem sendo desenvolvido com a Petrobras também é de bastante relevância – é a nossa principal parceira na iniciativa privada, sem dúvida. Hoje temos mais de 30 laboratórios nessa área de petróleo, gás e energia. São cerca de 200 professores e 500 alunos, da graduação, mestrado e doutorado, trabalhando em projetos nessa área. E deve ser inaugurado em junho um dos sete Núcleos de Excelência que a Petrobras criou no país, cada um dedicado a uma temática específica. Aqui no RN será um núcleo ao processamento e reuso de águas e resíduos – ou seja, será um grande laboratório destinado à questão ambiental. E por último, o Instituto Internacional de Física que já está sendo implantado e vai garantir a interação de cientistas do mundo todo com a UFRN. O núcleo vai funcionar provisoriamente em uma casa localizada próxima ao campus e deve ser inaugurado ainda este mês com a presença de um prêmio Nobel. Para responder os grande desafios que o Estado tem, nós temos que estar na vanguarda dos acontecimentos. E uma das direções é internacionalizar a universidade em áreas de fronteira do conhecimento. 


Qual a principal diferença que o senhor vê entre a UFRN que o senhor encontrou quando assumiu a reitoria pela primeira vez da UFRN de hoje?

A grande conquista da instituição nesse período foi ela ter se tornado uma universidade de pesquisa. A UFRN sempre foi uma universidade que fazia muito bem ensino e extensão, desde a sua origem. Mas foi nesse período, nesses últimos 15 anos, que ela se transformou em uma universidade de pesquisa. Um dos principais indicadores que apontam nesta direção é o tamanho da pós-graduação stritu sensu, mestrado e doutorado. Em 1995 nós tínhamos 15 cursos de mestrado e doutorado com 370 alunos, hoje nós temos 74 com 3.600 alunos. Então, a atividade de pesquisa está institucionalizada e ela veio a complementar as demais, mostrando que a universidade faz bem pesquisa, ensino e extensão. 

Fonte: Tribuna do Norte

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