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sexta-feira, 30 de março de 2012

Presidente do INEP: ENEM/SiSU é a forma mais justa de acesso ao ensino superior

Um projeto de nação e um processo extremamente democrático é como o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), Luís Cláudio da Costa, define o processo de acesso à universidade através do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), tema da sua palestra proferida nessa quinta-feira, 29, à tarde, no auditório da reitoria, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Convidado pela reitora Ângela Paiva Cruz, dando prosseguimento à série de discussões sobre o processo ENEM/SiSU que a UFRN vem fazendo junto à comunidade universitária desde o ano passado, Luís Cláudio precedeu uma mesa-redonda.

O evento contou com a participação da secretária estadual de Educação, Betânia Leite Ramalho; Miguel Franklin de Castro, coordenador de Planejamento, Formação e Comunicação da Universidade Federal do Ceará (UFC); Adelardo Dantas, pró-reitor adjunto de Graduação da UFRN; e Magda Maria Pinheiro de Melo, presidente da Comissão Permanente do Vestibular (COMPERVE) da UFRN.

Em sua palestra, Luís Cláudio fez elogios à forma gradativa como a UFRN vem conduzindo o processo de implantação do sistema ENEM/SiSU. Luís Cláudio afirmou que entre muitas universidades que aderiram ao processo, em poucas viu a condução “com tanta competência”. Essa discussão tem que envolver todos, pois “trata-se de um projeto de nação, que envolve a todos” enfatizou.

Luís Cláudio fez um histórico do vestibular no Brasil, desde 1911 e afirmou que era preciso sair disso. Por diversas razões o Brasil sempre teve um acesso ao ensino superior elitizado, continuou.

“Nós tínhamos um funil, onde o número de vagas ofertadas era menor do que a demanda”, disse. Para ele, as universidades de um modo geral começaram a melhorar seus processos de acesso, como é o caso da UFRN que aprimorou inclusive a sua questão pedagógica, referindo-se ao vestibular.

Diante da pergunta se o Brasil deve ter um sistema nacional de acesso ao ensino superior, Luís Cláudio respondeu que está convencido que sim. Ele lembrou que a lógica do vestibular tem alguns vícios, um dos quais seriam as condições financeiras do candidato. Se essa condição for boa, tal candidato poderá fazer vestibular em mais de uma instituição. Agora, o aluno pode optar por mais de 90 universidades. “É uma grande transformação que estamos fazendo”, destacou.

Segundo Luís Cláudio, os primeiros resultados do ENEM/SiSU, mostram que se trata de um sistema socialmente mais justo do que o processo tradicional, pois não tem exclusão.

Nesse sentido, as mudanças são visíveis, defendeu o presidente do INEP: a taxa de evasão caiu (inclusive naqueles cursos onde a taxa era altíssima), o rendimento está aumentando e “temos também uma qualificação que precisamos na educação”. 

Outro fato extremamente importante destacado pelo presidente do INEP é a democratização do acesso entre os alunos do mesmo estado. “Há casos em que o estudante do interior nem sequer pensava em vir para a capital”, exemplificou.

“Todas as instituições que estão fazendo a migração para o ENEM/SiSU, como a UFRN, fazem por convicção. Não é por pressão. E em todas as universidades, a demanda por seus processos seletivos aumentou muito”.

Luís Cláudio garantiu que o bom estudante não será excluído. Informou também que todos os indicadores mostram que o sistema está se consolidando, “apesar de toda crítica e tentativa de desqualificar o sistema”. Essas instituições que aderiram ao ENEM/SiSU, segundo ele, estão tentando aperfeiçoar seus processos. “Estou convicto que precisamos do sistema nacional extremamente justo, para uma sociedade mais justa”, declarou.

A secretária estadual de Educação, professora Betânia Leite, relatou sua experiência na COMPERVE, com o vestibular da UFRN, e disse que ENEM/SiSU chega com uma proposta grandiosa, de universalizar e democratizar o acesso ao ensino superior e reconhece que o “Brasil tinha uma dívida enorme com isso”. Betânia Leite também apontou como sendo algumas fragilidades do ENEM a redação e as questões discursivas. “É o que mais me preocupa”, afirmou.

Representando o reitor da Universidade Federal do Ceará, Miguel Franklin relatou a experiência da UFC, que há dois anos implantou o sistema ENEM/SiSU. Com 106 cursos de graduação presencial, essa instituição oferece 6 mil vagas.

A mudança para o novo sistema, segundo ele, também gerou uma ampla discussão na comunidade universitária e, como toda mudança, “também foi temida, mas já posso dizer que temos o controle suficiente para lidar com essa questão”.

O pró-reitor adjunto de Graduação da UFRN, Adelardo Adelino Dantas, e a presidente da COMPERVE, Magda Pinheiro, apresentaram a proposta da UFRN, que pretende selecionar os candidatos somente através do ENEM/SiSU até 2014. 

De acordo com essa proposta, que ainda será votada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE), no próximo vestibular todos os cursos deverão destinar 50% das vagas para serem preenchidas através do novo modelo nacional de ingresso dos alunos às universidades.




Fonte: Boletim Diário da UFRN

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