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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mitos sobre a Educação

Pergunte a qualquer pessoa o que um país deve fazer para crescer. A resposta quase certamente será: investir em educação. O que fazer para reduzir a criminalidade? Investir em educação. Escolher melhor os políticos? Investir em educação. Problemas com mortalidade infantil? Basta investir em educação. Educação parece ser o remédio para tudo. Infelizmente, a educação tem mais fama do que poder para consertar tantos problemas assim.

Em relação ao crescimento econômico, a maioria esmagadora dos estudos não mostra grandes impactos da educação sobre as taxas de crescimento de um país. Lembre-se que capital humano é uma variável bem diferente de educação. Capital humano inclui uma série de componentes (tal como experiência, habilidade, etc.) dos quais educação é apenas uma parte. Não é fácil encontrar efeitos positivos significativos da educação sobre a riqueza de um país. O mesmo vale para criminalidade. Se é verdade que a educação pode reduzir determinado tipo de crime (notadamente crimes violentos), é verdade também que a educação pode aumentar outros tipos de delito (crimes de colarinho branco por exemplo).

Quanto a escolha de políticos, que tal olharmos o Distrito Federal? O Distrito Federal deve ter uma das populações mais educadas do país, mas parece que a qualidade dos políticos daqui é pior do que a média nacional (basta notar o número de senadores daqui que perdem o mandato). Quanto a mortalidade infantil, a esmagadora maioria desse problema poderia ser resolvida com água e esgoto tratados, ou então fervendo a água e dando um destino mais adequado ao esgoto. Ou seja, a pior parte desse problema deve-se a infra-estrutura.

Na grande maioria das vezes, educação recebe muito mais méritos do que realmente tem. Educação é sim importante a nível individual. Indivíduos que estudam mais ganham, na média, mais do que seus semelhantes que estudam menos. Mas esse efeito nada tem de externalidade (ou seja, é o próprio indivíduo que se beneficia de seu esforço). A rigor, se existe alguma externalidade na educação ela se concentra quase que totalmente na formação básica. Isto é, educação básica e nível médio.

Governos devem sim investir na educação. Contudo, sem um mercado competitivo alocando e premiando os melhores o efeito positivo da educação fica muito reduzido. Investir em educação sem promover o livre mercado é inócuo e dispendioso, tal como o exemplo das antigas repúblicas socialistas nos ensina.

Blog do Adolfo Sachsida

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